A tua aparição é uma afronta,
Deixa-me tonta,
Abre um buraco no meu peito,
Não vejo jeito
De te arrancar das minhas vísceras,
Da minha mente,
Dos meus dias tristes,
Das horas alegres,
Dos momentos em que me esqueço de ti.
Minhas mãos tremem
Diante de ti.
Ainda que queimem
Os meus olhos pelo que vi,
Insisto em desejar mais do que tive,
Em viver mais do que vivi,
Em lembrar do que esqueci.
Por que me apareces
Com o teu sorriso,
Como se dissesses
Ao meu pouco juízo:
“Alegra-te ao me ver”.
Como a dizer,
Nos meus tristes dias,
Nos meus sonhos de névoa
Das minhas noites frias,
“É o que de mim podes ter”.
Célia Castro (C’)
terça-feira, 23 de março de 2010
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